Acredito que um psicólogo é muito mais que um técnico em técnicas, mas antes de tudo alguém que topou esse “encontro com o Outro”, sem ter a menor ideia do que irá acontecer, e justamente por isso, encara esse desafio com algo especial e grandioso. Graças ao Psicólogo (e hoje também pastor) Rubem Nascimento, decidi que queria ser Psicóloga; fiz orientação vocacional com ele no 1º ano do ensino médio e me encantei com sua forma clara, calma e segura de se portar, queria ser daquele jeito. Agradeço imensamente ao meu Pai Gileno Paiva e à minha mãe Maria de Lourdes Schettine, que acreditaram no meu sonho e mesmo com o coração partido, me levaram pra Paraíba pra eu aprender a ser gente grande. Boa parte do que acho que sei, agradeço aos meus professores da UFPB que partilharam suas horas e labutas comigo durante a minha formação; até mesmo aqueles que “olhei e não gostei do que vi”, me ajudaram a saber quem eu não gostaria de ser. Guardo com carinho a Profa. Verônica Luna, a Profa. Glória Almeida, a Profa. Zandre e Maria do Carmo, e outros poucos que não me recordo o nome agora; agradeço ainda ao Professor Leoncio Camino que mesmo com seu “jeito peculiar” de ser me ensinou muito sobre Psicologia Social e me deu a oportunidade de entender a Psicologia como um instrumento de revolução. Nunca esquecerei do meu querido Professor Bernard Gontiés que mesmo sendo Psiquiatra, tinha uma alma desmedicalizada e intensa, me ensinou o encanto sobre a loucura e a força do desafio que me propus a viver... trago comigo um tanto dele. Quero prestar minha homenagem mais especial à Profa. Silvana Carneiro Maciel, uma pessoa espetacular, uma mulher admirável, uma Psicóloga que me inspirou e me ajudou a encontrar meu lugar no mundo-psi. Sou eternamente grata. Acredito também que muito mais que as aulas, a UFPB me deu amigos e vivências que foram muito importantes para mim. Agradeço muito às minhas amigas Ludmila Costa, Marina Freire Furtado e Marianna Cunha, pela parceria. Agradeço aos meus colegas de Centro Acadêmico de Psicologia pelo aprendizado da militância e pelo entendimento de que somente com luta e crítica mudaremos um pouquinho as relações entre os Seres do Mundo: Gleyson Melo, João Mendes Lima Junior, Bira Pereira, Elen Pedrosa, Aline Machado, Márcia Félix, Ana Paula Silva, Sandra Marrocos, vcs são do “pra sempre”. Agradeço aos meus amigos-irmãos que Deus me permitiu ter: Aldo Lauritzen, Isis Lima, Ieda Lacerda, Neubera Kundera; vocês foram os meus psicólogos quando meus parafusos estavam frouxos, rsrsrs. Gratidão ainda ao Professor Valter Rodrigues ( Zezel Leite) que se tornou meu norte quando eu me sentia perdida como Profissional quando voltei para Vitória da Conquista, e vi aqui tantas disputas idiotas entre Psicólogos que se limitavam a criar patotas de seguidores sem personalidade ou reflexão. Me orgulho muito de ser quem eu sou, estudo demais, me dedico para além do que recebo (to falando de dinheiro mesmo!) para ser a boa profissional que busco ser. Mas muito mais que a todos que já citei, quero agradecer aos meus pacientes e a todas as pessoas que me elegeram como “orelha”, que confiaram e confiam em mim, que acolheram e acolhem minhas sinalizações e esclarecimentos, que entenderam os meus confrontos como estratégias terapêuticas para lhe dar um “sacode” e fazê-los reagir. Ser Psicóloga é punk, mas é bom demais. FELIZ DIA DO PSICÓLOGO, E FORÇA NA MISSÃO!
terça-feira, 27 de agosto de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
O mundo não acabou!
Apesar de indícios claros da chegada do fim dos tempos, ele não aconteceu. Ao menos, da forma como previam os Maias.
No Brasil, então, tudo levava a crer que o fim do mundo estava chegando. Os feitos inéditos foram abundantes… O Corinthians venceu uma Libertadores, o Palmeiras caiu de novo pra série b, O Bahia conseguiu se manter pelo 3º ano consecutivo na Série A dos pontos corridos, ACM voltou em Salvador, Bozo reapareceu na TV, Sarney retornou a Presidência da República, políticos estão sendo julgados e condenados, Xuxa revelou que foi abusada na infância, o Banco Central reduziu os juros para menor taxa da história, o governo anunciou que a conta de luz vai diminuir, Roberto Carlos cantando Michel Teló com “As Empreguetes” no fim de ano, Ricardo Teixeira renunciou a CBF… Ou seja, um ano onde o ineditismo e o pouco-comum tomou conta do mundo, como se ele quisesse se despedir da história, fazendo tudo que não fez. Mas, para nossa alegria, os Maias estavam errados.
Uma coisa chama muito a atenção: por que as pessoas pensam em fazer coisas inusitadas e que as deixariam felizes, apenas com a proximidade do fim. A certeza da morte faz com que as pessoas passem a querer viver mais intensamente e a fazer coisas inusitadas, que não teriam coragem de fazer no dia a dia.
Talvez a explicação esteja nas sábias palavras de Napoleão Bonaparte: “duas alavancas movem o homem: o interesse e o medo”. E seja o medo a força motriz que nos leve a ter mais interesse pela vida. Ou ainda nas não tão menos sábias palavras do Dalai Lama sobre os seres humanos: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente, de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido”.
Na verdade, deixamos de viver da forma que queremos para viver da forma como podemos. Marcando sempre para amanhã o encontro com os amigos, nos afastando dos nossos familiares por compromissos profissionais, trocando passeios e festas por Redes Sociais, trocando o estádio para ver o jogo pela internet, substituindo a conversa pelo SMS, o esporte pelos games, um show de música pelo DVD, e fazemos tudo isso sem nem perceber. Vivemos no estilo Zeca Pagodinho do “deixe a vida me levar”, para depois pensarmos na música dos Titãs, em Epitáfio, e se arrepender de não “ter feito o que eu queria fazer”.
Mas agora,eus amigos, o mundo não acabou. Ainda temos tempo de ouvir o Titãs e fazer alguma coisa para mudar essa realidade, acabando com esse mundo em que vivemos e fazendo um novo ainda melhor. 2013 vem aí, e vamos interpretar a profecia Maia da forma mais correta. O fim de um ciclo, não dos tempos, e a criação de um novo mundo, muito melhor e mais justo do que esse…
http://oxentebahia.com/previsao-maia-do-fim-do-mundo/
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