Apesar de indícios claros da chegada do fim dos tempos, ele não aconteceu. Ao menos, da forma como previam os Maias.
No Brasil, então, tudo levava a crer que o fim do mundo estava chegando. Os feitos inéditos foram abundantes… O Corinthians venceu uma Libertadores, o Palmeiras caiu de novo pra série b, O Bahia conseguiu se manter pelo 3º ano consecutivo na Série A dos pontos corridos, ACM voltou em Salvador, Bozo reapareceu na TV, Sarney retornou a Presidência da República, políticos estão sendo julgados e condenados, Xuxa revelou que foi abusada na infância, o Banco Central reduziu os juros para menor taxa da história, o governo anunciou que a conta de luz vai diminuir, Roberto Carlos cantando Michel Teló com “As Empreguetes” no fim de ano, Ricardo Teixeira renunciou a CBF… Ou seja, um ano onde o ineditismo e o pouco-comum tomou conta do mundo, como se ele quisesse se despedir da história, fazendo tudo que não fez. Mas, para nossa alegria, os Maias estavam errados.
Uma coisa chama muito a atenção: por que as pessoas pensam em fazer coisas inusitadas e que as deixariam felizes, apenas com a proximidade do fim. A certeza da morte faz com que as pessoas passem a querer viver mais intensamente e a fazer coisas inusitadas, que não teriam coragem de fazer no dia a dia.
Talvez a explicação esteja nas sábias palavras de Napoleão Bonaparte: “duas alavancas movem o homem: o interesse e o medo”. E seja o medo a força motriz que nos leve a ter mais interesse pela vida. Ou ainda nas não tão menos sábias palavras do Dalai Lama sobre os seres humanos: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente, de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido”.
Na verdade, deixamos de viver da forma que queremos para viver da forma como podemos. Marcando sempre para amanhã o encontro com os amigos, nos afastando dos nossos familiares por compromissos profissionais, trocando passeios e festas por Redes Sociais, trocando o estádio para ver o jogo pela internet, substituindo a conversa pelo SMS, o esporte pelos games, um show de música pelo DVD, e fazemos tudo isso sem nem perceber. Vivemos no estilo Zeca Pagodinho do “deixe a vida me levar”, para depois pensarmos na música dos Titãs, em Epitáfio, e se arrepender de não “ter feito o que eu queria fazer”.
Mas agora,eus amigos, o mundo não acabou. Ainda temos tempo de ouvir o Titãs e fazer alguma coisa para mudar essa realidade, acabando com esse mundo em que vivemos e fazendo um novo ainda melhor. 2013 vem aí, e vamos interpretar a profecia Maia da forma mais correta. O fim de um ciclo, não dos tempos, e a criação de um novo mundo, muito melhor e mais justo do que esse…
http://oxentebahia.com/previsao-maia-do-fim-do-mundo/
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