quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DECLARAÇÃO DE AMOR AO VASCO DA GAMA - SOBRE A COPA DO BRASIL


Chega doer de tão forte o amor sinto explodir em meu peito pelo meu Vasco. Há quanto tempo esperava sentir isso de novo, há tanto chorei, praguejei, me revoltei, mas nunca desisti de amar um Amor que meu Pai me deu: meu Vasco.
Somos campeões, é quase inacreditável, porque tantas vezes ficamos nas traves, nas canelas dos adversários, nos erros de arbitragem, mas também na falta de qualidade e criatividade... O Vasco tem uma coisa que me apavora: quando leva gols, entra em pane elétrica, mental, emocional, sei lá... vira uma coisa estranha o que se vê sobre a grama. Um despertar de medo, recuo, erros seguidos de birras inexplicáveis (porque autocrítica é fundamental pra saber que não foi feito o melhor, não rolou simplesmente... que jeito?)
 Tudo bem, vc não deve tá entendendo nada... Vou explicar: sou Vascaína, louca, apaixonada, fissurada no Vasco, como disse antes meu amor é incondicional por este Amor que me preenche e me dá tranqüilidade em saber que posso destinar-lhe minhas reverências... Houve um diferencial pra mim neste 08 de junho de 2011: hoje foi um dia que lembrei muito de meu Pai, que já se foi materialmente, mas vive forte e pulsantemente dentro do que há de melhor em mim. Mas houve também um outro diferencial pra mim, mas no jogo com o Coritiba (ou será na minha casa?): eu rezei. Rezei como nunca tinha feito, rezei com força, com amor, com paixão, com desespero e um desejo forte de sentir meu coração explodir dentro do peito. E assim foi. Chorei, e choro ainda escrevendo essa declaração de amor ao Vasco da Gama, ouvindo seu hino pela 17ª vez, rsrsrsrsrsrs...
Obrigada Pai, pelo Amor que vc me deu. Se vc estivesse aqui, estaríamos felizes, barulhentos em casa, ouviria vc gritar “mierda” em cada erro, e pular do sofá em cada gol ou quase-gol. Preciso te contar uma coisa: tive uma crise de choro quando o jogo tava faltando 1 minuto pra acabar. Me ajoelhei e comecei a pedir a Deus pra nos dar essa alegria, de permitir que fôssemos tocados pela Luz da Vitória, e pedi a vc também que intercedesse junto a Ele.Se for heresia, peço desculpas...Minhas pernas tremeram muito,meu coração enlouquecido, quase enfartando, rsrsrsrs... E gritei, gritei muito quando o juiz pediu a bola, gritei “CAMPEÃÃÃÃÃÃÃO!É pra vc Paaaaaiiii!!”.
Com esse choro bom, doído mas feliz, indo e voltando de dentro de mim, termino aqui, porque preciso vibrar pra ter sonhos lindos de vitória esta noite. Sabe a melhor parte? Vou acordar e descobrir que os sonhos são verdade quando se tem Amor e Fé em jogo. 
  

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um amor que meu Pai me deu… Esse sentimento nunca irá morrer!



Eita, que meu Pai deve tá feliz demais no céu… Cresci vendo ele emocionado e batendo nas placas de gesso do forro da sala de televisão ou quando o Vasco fazia um gol, ou quando fazia uma “miiiieeerda”, como ele dizia, rsrsrs… Ou preocupado com Dona Dalva da cantina da UESB, amiga e vascaína apaixonada…

Meu Pai era um apaixonado pelo Vasco da Gama, e nos ensinou a amá-lo da mesma forma. Não teve um que escapou, todos do sangue, são vascaínos, apaixonados, e não tem resenha de Seu Ninguém no mundo que mude isso.
Lembro-me de quase todas as vezes em que eu ligava pra ele de lá de João Pessoa, emocionada ou entristecida com o time… Era sempre uma delícia discutir com ele futebol, e eu entendo viu?? Cresci ouvindo futebol pelo rádio, um radinho da marca Motorádio, que tinha uma pastilha vermelha na ponta da antena. Inesquecível…
Lembro-me das meninas do pensionato gritando na porta do meu quarto quando o Vasco pela milionésima vez perdeu um campeonato pra Flamengo, o hino do Vasco no útlimo volume  dentro daquelas paredes, e como doía em meu coração… Mas nunca, nunca, o sentimento parou, sumiu ou virou as costas.
Amar o Vasco da Gama de forma incondicional é uma forma que tenho hoje de me sentir mais perto de meu Pai.
Obrigada! Amo vc Pai. Amo vc Vasco da Gama.

Crítica “ás barras de ferro retorcidas da estrutura de nossos aleijos educacionais” (Muganzé, Cabruêra)



Em algum momento da vida, acredito que todas as pessoas deveriam parar para refletir sobre suas vivências – aprendizagens, frustrações, planos, metas, sentimentos aflorados nas situações de vitória e derrota, descobertas, insucessos, dificuldades, experiências.

O que acontece em muitos casos, é que reflexões desse tipo acontecem somente quando as pessoas passam por traumas que as deixam acamadas como doenças, cirurgias em que há risco eminente de morte e que elas sobrevivem, ou perdas emocionais significativas.

Mas, no meu caso, estou tendo a chance de fazer o meu memorial pessoal mobilizada por uma avaliação da Pós Graduação em Saúde Mental. O foco será os momentos de aprendizagem educacional do período referente á graduação em Psicologia na UFPB, realizada entre 1998 e 2004. No entanto, considerando que devido à práticas educacionais equivocadas das quais fui vítima e que tem ecos até hoje em minha vida, destacarei alguns relatos de períodos anteriores da pré-escola, do ensino fundamental e do ensino médio.

E por uma questão de saúde mental, digo: resgatemos hoje os pormenores e “pormaiores” de nossas vidas, porque a hora de viver é agora, e não há presente e futuro, sem faxinar o passado. Faço este convite agora a você.



Educação Infantil ou a negação da integralidade do corpo
Escola Padre Gilberto Vaz Sampaio – Dia das Mães, no Taquara. 1984.

A primeira experiência na escola é cercada de emoções desconhecidas, sensações difíceis de nominar. Curiosidade, insegurança, vontade, tudo isso se mistura a mundo totalmente desconhecido pra uma criança de 5 anos.

Fiz o chamado período preparatório, uma espécie de Jardim I, numa escola pública onde minha mãe trabalhava. Na minha primeira experiência de aprendizado em que aprendi a escrever meu nome, vivenciei a negação da integralidade do meu corpo. Sou canhota, escrevo com a mão esquerda, e ouvi da minha professora “Não é assim Aracely! Escreva com a mão certa!”. Ela me orientou a escrever com a mão direita, mão essa que não tinha pressão sobre o lápis nem coordenação motora estruturada. Lembro-me de quando ela saía da sala, eu me debruçava sobre mim mesma, escondendo a mão esquerda que teimava em escrever meu nome, mas era só ela entrar na sala, que minha estratégia ia por água abaixo. E mais uma vez escutava: “Não é assim Aracely! Escreva com a mão certa!”. Angustiada, contei á minha mãe, que intercedeu por mim e reforçou a importância de eu escrever com a mão que tinha habilidade para tanto. Resultado disso: fiquei com uma seqüela de lateralidade que perdurou por um tempo: eu escrevia meu nome, com a mão esquerda, com efeito espelho, ou seja, de trás para frente.

Terminado esse período, fui para a alfabetização numa tradicional escola particular da cidade, muito bem conceituada e mais uma vez vi sendo negada a integralidade do meu corpo. Lá eu podia escrever com a mão esquerda, no entanto não havia cadeiras adaptadas para canhotos. Na minha astúcia de criança, colocava uma cadeira ao lado da minha, mas não era autorizada a mantê-la lá, pois bagunçava as filas que deveriam ser certinhas. Pensei num plano B então: virar a cadeira com o braço direito para a lateral da fila e colocar minha perna pelo buraco do braço da cadeira, fazendo uma espécie de mesinha para escrever, mas também fui impedida todas as vezes, porque “mocinha de família não senta de pernas abertas”. Resultado disso: desenvolvi um desvio na coluna que me prejudica até hoje, com 32 anos: meu lado esquerdo do corpo é mais alto que o direito, pois eu projetava o ombro esquerdo na direção do centro do corpo na tentativa de esticar meu braço e mão esquerda até o braço direito da cadeira. Tenho fortes crises no ciático da perna esquerda, pois ele é mais esticado que o normal e também uma pressão sobre o nervo trigêmio que se estende da base do pescoço até o alto da cabeça, o que me gera fortes dores na região craniana e também pressão sobre a estrutura do aparelho auditivo no lado esquerdo.

Identifico que a tendência pedagógica da qual fui “vítima” era a Tendência Liberal Tradicional, pois se baseava na preparação moral dos alunos, não considerava as particularidades de cada um, o professor tinha autoridade máxima, no silêncio de uma turma inteira de crianças saudáveis a demonstração de legitimação desta autoridade. O foco de toda a fonte de informações e pesquisas eram as enciclopédias lotadas de ácaros e não estimulava o “arriscar-se” nas vivências do dia-a-dia. Estudei nessa última escola todo o ensino infantil.



Ensino Fundamental e Médio

Quando se pensa num colégio de padres, vêm logo a cabeça: controle! Mas acredito que origem italiana, deu a eles uma certa suavidade nada típica em clérigos daquela época. Vivenciei 6 anos de estudos nesta escola, e tive minhas primeiras experiências emancipadoras aí. Gincanas com temas sociais, vivências de pesquisa de campo, esportes… Peraí, aqui faço um parênteses – na 5ª série, entrei na fila pra escolher junto ao professor de educação física qual esporte gostaria de fazer, e disparei quando chegou minha vez: “ Eu quero jogar futsal”. Um silêncio, uma expressão amarrotada na cara e o professor disparou: “Querida, mulher nunca vai jogar futebol nesta vida. Escolha outra coisa”. Hoje me pergunto: será que ele conhece a Marta, a Pretinha, a Cristiane? E lá fui eu fazer ginástica. Me sentia uma macaquinha de circo, repetindo aqueles movimentos sem por quê. Não suportei muito tempo, da 7ª série em diante, entrei com atestado médico todos os anos.

Meu fantasma escolar oficial sempre foi a matemática, e no ensino fundamental descobri o gosto da derrota em notas que me geravam depressão e revolta: afinal o problema era comigo, com a matemática ou com a forma com que ela era ensinada? Cabe salientar que tive ótimos professores nessa escola, mas a professora de matemática tinha cheiro de ditadura militar. Vivi nos porões delas (da professora e da matemática) por 5 anos até sofrer a primeira pausa dolorosa na minha vida escolar: fui reprovada no 1º ano, numa prova de matemática de recuperação, em que 4 folhas de questões me desafiavam, e em quatro horas fiz as duas primeiras com um apuro tão grande que seu aproveitamento foi de 100%! Mas não fora suficiente: minha evolução evidenciada naquela prova não servia de parâmetro avaliativo. Afinal matemática quer números e meu número foi: 3,5. Reprovadíssima, frustradíssima, revoltadíssima. Após este episódio, joguei a toalha e pedi pra sair.

Outras vivências seriam trágicas se não fossem cômicas: uma enorme fila todo dia para entrar na área das salas, e na porta de passagem a inspetora de disciplina conferindo se nossas meias eram pretas; uma fuga em massa dos alunos da 7ª série pelo quintal do prédio do módulo do ensino infantil (a gente só queria comer um lanche mais barato na padaria que ficava a poucos metros da escola); assistir The Wall, do Pink Floyd na sala de vídeo, que fora passado pelo professor de geografia, escondido da Direção, e sair marchando de lá enquanto a inspetora parecia louca no corredor gritando e batendo aquele sino irritante e falando “Parem com isso, não é 7 de setembro!!!”; abri mão de uma nota 9 numa prova de Química/Física na 8ª série porque fui a única que passou e por não achar justo, liderei o movimento de anulação da prova (escutei do meu professor: “Você é muito burra. Vai ver o que vai acontecer na segunda prova”. A turma toda estudou junta, a maioria passou, eu tirei 7 e senti o gosto de justiça na boca); guerra de saco plástico cheio de água na quadra, e sobrou pra todo mundo, inclusive a tal inspetora de disciplina e o diretor-Frei da escola: afinal tava fazendo muito calor!

Percebo essa escola, como aderente á tendência liberal tecnicista. A idéia central era modelar o comportamento, organizando passo a passo a aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos com atividades programadas previamente, de forma a nos conduzir a um ensino médio que fosse sustentável e eficiente de forma a nos favorecer no processo de vestibular. Tudo bem, tenho que reconhecer que alguns professores aderiam à Tendência Liberal Renovada não-diretiva, pois nos estimulavam ao auto-conhecimento, inovavam nas técnicas de ensino, se libertavam e nos libertavam, mas uma verdade precisa ser dita: eles não eram bem vistos por isso, não.

Mas havia vida após a reprovação. E fui estudar numa cooperativa educacional, onde também vivenciei experiências libertadoras, exploratórias, e onde me vi realmente envolvida com a construção do conhecimento. È claro que a preocupação com o vestibular era o cerne do processo, mas havia também um compromisso em instrumentalizar os alunos com conhecimento vivo e pertinente á vida real. Lá estudei Filosofia e Sociologia com livros e discussões que fui reencontrar na universidade, fiz curso de Fotografia, Gincana Cultural, Exposições de produções artísticas livres dos alunos, entre várias outras atividades inesquecíveis. Fiz o 1º e 2º anos do ensino médio nesta cooperativa. Esta escola adotava a Tendência Liberal Renovada não-diretiva.


COEDUC – Vivência Lúdicas no Banheiro – Curso de Fotografia com Sabiá. 1994.


No 3º ano, fui para uma Escola Católica, mas a liturgia não era tão evidente lá. Nesta, o foco era o vestibular mesmo, sem meias palavras. A tendência pedagógica era a liberal tecnicista, pois a abordagem era totalmente focada em nossa preparação para o vestibular, tínhamos pouca liberdade para propor mudanças nas práticas e atividades, éramos bombardeados pelos conhecimentos específicos para o vestibular, e a aprendizagem era voltada para a modificação do desempenho sempre para melhor, afinal a Universidade era um leão de boca aberta prestes a nos engolir!


UFPB: eu era Fênix e não sabia…


Não passei no primeiro vestibular. Eu e milhões de estudantes. Não me deprimi por isso. E fui estudar em Salvador, um lugar pra mim até então de férias e agora seria minha casa. Após um ano bastante difícil e enriquecedor estudando em Salvador, num famoso curso pré-vestibular, líder em aprovação. E como eu sonhei em ver meu nome no encarte especial da Veja Bahia entre os aprovados do Mendel… E tive! Estou lá! E um novo mundo se abriu: mudei de mala, cuia, medos e vontade de viver para João Pessoa, na Paraíba, onde fiz meu curso de Licenciatura e Formação em Psicologia na Universidade Federal da Paraíba.

A sensação que tenho hoje quando reflito sobre tudo que vivi lá, é que eu estava morta, como a Fênix, mas renasci das cinzas. Nada do que eu vivera até então se compara ao que vivi lá.

Fiz meu curso? Sim claro, mas fiz muitas outras coisas: fui militante estudantil (daquelas que invadem o gabinete do reitor com uma bandeja do Restaurante Universitário para provar que o cuscuz que nos era servido tinha cheiro de barata; daquelas que se acorrenta em portões sob os olhares da Polícia Federal para impedir a abertura dos portões da universidade num protesto contra o fechamento daquele mesmo Restaurante Universitário que nos servia cuscuz com cheiro de barata).

Fui militante cultural, membro de ONG de educação ambiental, estudei dança do ventre e percussão popular nos projetos de extensão da UFPB, realizei eventos culturais de grande porte dentro e fora da universidade, freqüentava com a mesma intensidade as atividades dos cursos de História, Filosofia, Letras, Serviço Social, a ponto de muita gente nem saber que curso afinal eu fazia. Ai ai, eu era a inquietação em pessoa.


Fiz estágio em Hospital Psiquiátrico no 5º semestre, hospital esse que me convidou a posteriori para continuar atendendo lá pelos bons resultados do meu trabalho – foi no momento do meu contato com a Loucura e o sofrimento causado pela dependência química que descobri como somos pequenos, limitados, porém gigantes e imensos, porque o ser humano pode ser tudo isso: junto, misturado, embolado e andando… Haviam dias que saía de lá chorando, haviam dias que saía de lá sorrindo e agradecia sempre a Deus por ter a chance de pelo menos em alguns instantes lançar um olhar humano sobre aquelas pessoas, ganhar seus sorrisos banguelos, seus abraços descontrolados, escutar discursos desconexos mas por vezes muito metafóricos, tradutores das dores que cada um lá carregava. Essa vivência no Hospital São Pedro me re-humanizou.

Na UFPB, eram prementes a Tendência Liberal Renovada não-diretiva, a Tendência Progressista Libertadora e a Tendência Progressista Crítico-social dos conteúdos.
Havia preocupação com a formação das atitudes, incentivo ao autodesenvolvimento e a motivação era fator de auto-realização; o aprendizado se baseava na modificação crítica das percepções; frisava-se constantemente o papel do futuro profissional na transformação da sociedade; a problematização da prática de vida era a fonte de geração de debates, os conteúdos tradicionais era negados; o diálogo era autêntico e horizontal entre educador-educando; aprendíamos a ler o mundo a partir do conhecimento da realidade concreta; os saberes eram trocados e valorizados.


Palestra de Aleida Guevara (a filha do Ernesto Che Guevara) 
sobre Saúde e Educação em Cuba. UFPB. 2002.


Éramos incentivados a aderir aos projetos de extensão, pois a Universidade era o espaço de transformação da realidade; mas também éramos preparados para as contradições do mundo através de praticas socialmente organizadas e que abriam espaço para a vivência real da democratização da sociedade; os conteúdos vivos, concretos, indissociáveis da realidade social; tínhamos um contato intenso através dos trabalhos de campo com o conhecimento popular e transpúnhamos essas percepções ao conhecimento sistematizado; a construção do conhecimento se dava num processo de prática real, seguida da consciência dessa prática e da sua reelaboração, com a orientação do professor.

Tem uma frase que me moveu desde que comecei minha faculdade, e é do Che Guevara. Não me lembro literalmente a mesma, mas dizia que a maior qualidade de um militante é indignar-se diante de qualquer injustiça, cometida contra qualquer pessoa, em qualquer tempo. E é isso que me move até hoje: a indignação que transforma minhas atitudes em instrumento de transformação da minha vida e da vida dos que se entrelaçam na minha.


Uma Vibe que deu certo...



 O CAPS ad, através das ações de Redução de Danos, atuou de forma engajada e descontraída na Sun Garden III. A proposta de ação nesta festa faz parte de um conjunto de ações de redução de danos, decorrentes do uso e abuso de álcool e outras substâncias psicoativas (SPA’s) e a combinação deste uso com a direção de veículos automotores e práticas sexuais desprotegidas.


A estratégia de redução de danos é um conjunto de ações educativas e de saúde que tem como objetivo diminuir os efeitos negativos decorrentes do uso de substâncias psicoativas.


A Sun Garden III é a maior festa de música eletrônica de Vitória da Conquista – Bahia, e se encaixa no molde típico das verdadeiras raves: realizada num sítio, distante da cidade, com estrutura de tendas, lounge, muita luz e psicodelia na decoração. O stand do CAPS ad ficou localizado vizinho ao lounge da festa, lugar onde os participantes iam descansar e organizar todos aqueles estímulos em suas mentes. Através de intervenções de cunho informativo e preventivo, durante 12 horas de atuação, prestamos:

(1) informações sobre uso, abuso e redução de danos aos participantes que foram abordados desde a compra do ingresso da festa, onde recebiam os Cards de Redução de Danos com orientações para antes do evento e durante o processo de uso de álcool e outras SPA’s, até o momento em que acessaram a festa ou curtiram as brincadeiras feitas no stand e premiadas com brindes;

(2) distribuição de fitinhas em tecido com os dizeres “Redução de Danos é saúde. Escolha a vida!” que os redutores de danos da equipe amarravam no punho dos participantes e orientavam: “Façam três pedidos, e só irão se realizar se você fizer redução de danos” – sendo este o momento propício para prestar orientações pontuais sobre redução de danos;

(3) disponibilizamos insumos tais como água mineral durante toda a festa e camisinhas para a prática de relações seguras;

(4) atendimento de Enfermagem e Psicologia (apoio e orientação) aos participantes que procuravam ou eram conduzidos ao stand pelos amigos, por estarem sob efeitos de SPA’s;


A atuação do CAPS ad na Sun Garden III mostra que a parceria entre os órgãos públicos e a iniciativa privada é mais um caminho possível para a ampliação das ações de saúde e redução de danos no município de Vitória da Conquista – Bahia, garantindo a universalidade, a integralidade e a equidade do cuidado preconizados pelo SUS.

TEXTO & FOTOS:
Aracely Schettine Paiva, Psicóloga (CRP 03/4122)
CAPS ad/Vitória da Conquista – Bahia-Brasil

“Uns olhares” sobre a Chapada… 2009. Fotos: Aracely Paiva

ANDARAÍ

IBICOARA

IGATU

IGATU

IGATU

MUCUGÊ

MUCUGÊ

Envergo mas não quebro…




Que sentido há nas andanças pelo mundo? Que sentido há na inquietação da cabeça, do coração? Tudo e a única coisa que mais fiz nesta vida, foi andar… mover-me do lugar que pode me dar lôdo de presente, sair do estado de inércia que ás vezes é tão confortável mas tão perturbador, dar passos, cair, erguer… nunca vou parar. Mas me sinto cansada, em cima de uma esteira constante que a vida me colocou sob os pés, ando, ando, ando e quando páro pra respirar… onde estou? pra quê? Ultimamente tenho repetido pra mim mesma: sou como bambu, envergo mas não quebro… mas como cansa lutar contra a força devastadora do vento… sei que este eterno “gosto de falta na boca” nunca vai passar. E por isso, dou-me ao direito de repousar no canto da estrada de vez em quando, muda, tentando acalmar o barulho dentro do meu peito. Xiiiiiiiiii!! Psiu! Silêncio! Tô tentando descançar…

Os ídolos de barro também pedem pra sair…



Sim, sim, sim, eles também caem!! Quem? Como quem? Os ídolos de barro, ora! O mais interessante disso é avaliar o caminho “de Alice” que percorreram… Os ídolos de barro chegam, chegando. Fazem, acontecem, mostram competência genuína. E claro que têm seus méritos. No entanto, tem os “poréms”: descaso, alienação, desvalorização do Outro, soberba, inveja, ira… por pouco, os sete pecados. Afinal não são os méritos que derrubam e sim os “poréms”. Pressão se forma no Universo, as pontas soltas aparecem… de que adiantou galgar tanto rumo às alturas??? E o velho ditado se confirma: quanto mais alto, maior a queda. O que resta então aos ídolos barrosos? Usar uma saída contemporânea, quase cinematográfica:Pede pra sair!! Pede pra sair!! A voz do povo,  é a voz de Deus: saiu. Vá em paz, que Jah Jah te leve…  Só não peça pra dizer obrigada.

As palavras se põe engasgadas… sei que o que tínhamos dito, dito foi… vivido, sentido, falado, tudo foi, e de agora em diante, não mais…… Terei saudades dos encontros pontuais e sempre intensos. Vc é dos “pra sempre”.


Professor Valter Rodrigues, um mestre, uma inspiração, um presente do Astral…
*15/11/10
“Muito obrigada é pouco pelas suas informações, e-mails enviados. Quero compartilhar com vc o carinho que também tinhanhamos pelo professo Valter, eu sentia um amor muito forte por ele, ora por ele, e podia imaginar o tamanho do amor de Deus para com ele, eu havia até conversando algumas vezes com algumas colegas evangélicas do nosso curso, sentir bastante quando soube foi pelo celular estava viajando e nem deu para chorar com a família e com todos vcs, mas de onde eu estava, embora ausente no corpo esta presente em espírito, com o coração apertado e intercedendo por todos. Que o Espírito do Senhor console e ministre graça a todos, e a paz que excede todo o entendimento seja com todos e sobre todos.
Valter se foi, mas suas idéias ficarão vivas para sempre em todos nós como seus alunos, seus comentários Deleuze, Foucault,Nietzsche, etc, sua forma espontânea de dar aulas …sua enciclopédia ambulante, sua vídeo-teca intocável ou tocável contanto que devolvessem… rsrsr
Valeu!!!!!!!!!!
Obrigado Senhor por ter permitido que o professor Valter passase em minha vida.”
Odinei Ferreira, aluno de Válter na PósGrad – Curso de Saúde Mental

Me nego a ser Serpentário! Sou Sagitariana e não duvide disso…


Definitivamente não curti essa história da surgir mais um signo. Sou uma sagitariana convicta e me encaixo quase totalmente no perfil do Centauro (menos a parte que sagitariano é infiel e não se preocupa com os sentimentos alheios…). Tava tentando achar na net informações sobre o tal Serpentário ou Ophicus, mas tudo que encontrei em nada me agradou. Não sou ligada em “modas” novas, detesto padronização humana, não sou alguém que possui uma aura que “inspira medo e traição” (credo! Jah me livre de ser assim!!), muito menos atrair pessoas provocativas (no sentido ruim da palavra) e muito menos ainda ter um lema tão torpe como “os fins justificam os meios”. Ficar parada fazendo pose? Que porcaria é essa? Sou estátua viva por acaso? Aff! E pior, o tal serpentário fica parado fazendo pose, pra avaliar o terreno e dar o bote de forma fria e calculista. Não, não, não, me nego a ser este Ser terrível! Ai, quando começa aquela parte dos signos de cor, pedra, anjo, blá, blá, blá… já começa tudo errado: detesto amarelo, abomino caça (coitados dos bichinhos, em plena era de aquecimento global e responsabilização dos seres humanos pelas desgraças ambientais que temos hoje, esse tal Serpentário gosta de caça! Faz-me rir…). Mais essa: serpentário é desorganizado e não gostam de se comprometer. Como?? Chego ser quase obsessiva de tão organizada que sou e me comprometo sim, se posso dar conta, claro… Em relação aos amigos, minhas amizades são duradouras e leais, nada de dar bote em Seu Ninguém, ora! Tudo bem, reconheço que há algumas coisas que se parecem comigo:


“Fazem muito mistério sobre o que pensam e sentem. São muito elegantes e possuem uma certa moleza no andar. São ótimas conselheiras. Têm tendência para serem preguiçosos. Preferem mesmo seguir o seu caminho profissional silenciosamente, por entre as brechas que vão surgindo. Mas sabem como ninguém conquistar o espaço com eficiência. Não suporto traição. Pode brincar, mas coitado daquele que tentar me enganar, pois poderá ser mordido na relação.Não tem medo de tomar decisões difíceis no trabalho e é uma excelente negociadora. Trabalha melhor sozinha, já que tem um ritmo mais acelerado que a maioria das pessoas. Adoro ser a confidente dos seus amigos. Preciso de espaços confortáveis e aconchegantes.” E só.


Mas isso não apaga a irritação que senti quando soube dessa mudança sem noção dos signos. Sou sagitariana, amo ser sagitariana, a conjunção Astral de quando eu nasci era de Sagitário e punto e basta!